Pastorais Sociais: caminhos para enfrentar sofrimento dos povos da Amazônia

23 de Junho de 2017

 

Motivados pelo objetivo de ser uma Igreja em saída, que faz realidade a proposta do Concílio Vaticano II, os representantes das Pastorais Sociais do regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram reunidos, em Manaus, entre os dias 16 e 18 de junho. O seminário de formação foi conduzido pelo assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência, frei Olávio Dotto. A reflexão indicou a necessidade de articulação e trabalho em conjunto na direção de fortalecer o compromisso diante de situações de sofrimento dos povos da Amazônia.

 

De acordo com o bispo de Alto Solimões (AM) e referencial das Pastorais Sociais no regional, dom Adolfo Zon Pereira, o encontro é um momento para “criar critérios de discernimento e ação para que todos tenham um mesmo agir, desde os mesmos valores”. O bispo explicou o interesse em oferecer três encontros afim de dar maior unidade às pastorais, respeitando as especificidades de cada uma, para assim “manifestar a nossa eclesialidade”.

 

Dom Adolfo também insiste na necessidade de se “tomar consciência da dimensão social da fé”, sem esquecer da dimensão política das Pastorais Sociais, que envolve a todos e leva ao trabalho em conjunto. Nesse sentido, o papel das pastorais na realidade Amazônia é tecer uma rede que ajude no enfrentamento a situações de sofrimento. De acordo com a representante da Cáritas Norte 1, irmã Deliris Brun, é uma maneira de se tornar “vida para as comunidades e para os povos tradicionais da região”, desempenhando “o papel de juntar, animar, organizar e fortalecer essa vida em abundância no meio do nosso povo”.

 

Para o frei Olávio Dotto, as Pastorais Sociais “têm uma importância fundamental na vida da Igreja, na vida do povo. Na Amazônia são chamadas a ajudar a transformar a sociedade juntamente com as outras forças vivas presentes na região”, com proximidade aos quilombolas, ribeirinhos, indígenas, fazendo realidade aquilo que o papa Francisco insiste, de “não ter medo de se fazer presente na vida das pessoas, nas periferias geográficas e existenciais”. O assessor ressaltou que quanto mais próximas as pastorais estiverem das necessidades do povo, ajudando a lutar por seus direitos, mais irão se manifestar como uma Igreja em saída, profética, que vive e dá testemunho do Evangelho.

 

Uma das “forças vivas” da região lembradas durante o seminário foi a Rede Eclesial Pan-Amazônica, que tem buscado articular e aprimorar os trabalhos de evangelização e defesa de direitos no regionais da CNBB localizados na Amazônia legal.

  

 

 

Fonte: www.cnbb.org.br

 

 

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